24 de junho de 2010

Faxinando...

E de repente você se encontra encerrando uma porção de ciclos, relações cíclicas, projetos que vão e vem sem terem conclusão, revendo pessoas amadas que tinha se distanciado por estar sempre seguindo o fluxo de informações que a vida adulta lhe impõe, reavaliando seus próprios valores. Essa é a chamada faxina interna. Aquela que somente você tem acesso, que não pode pagar para que façam por você, pode até adiar, mas a casa em desordem vai estar sempre lhe passando uma sensação de desconforto, e lhe cobrando diariamente, em que momento vai abrir as gavetas?

Ontem, passei parte da manhã conversando com um amigo, divagando (in)verdades e olhares sobre a vida, e nisso, quando afirmou fazermos parte de um todo, como uma única célula, lembrei-me de dias atrás, quando saí para correr na praia em Vitória no Espírito Santo e quando da exaustão, deite-me e senti a areia geladinha colando na pele suada, foi então, que eu pude entender exatamente o que ele queria me dizer, naquele instante, eu estava tão ligada à vida, como um grão de areia entre tantos. Foi ótimo.

Em uma canção de Marcelo Camelo diz o seguinte “Acho normal ver o mundo feito faz o mar num grão de areia”...

Lindo, não é?

Nos mostra o quanto sofremos pelo que não tem valor real, o quanto a vida deve ser intimamente aproveitada, e de quanto essa infinidade de valores que sociedade joga sobre nós diariamente é obsoleta e pesada demais para se carregar.

Por isso, creio que fazer essas limpezas, ás vezes, é importante, para que possamos dar valor a vida, a estar mais próximos de quem amamos, de fazer coisas que nos confirmem como seres individuais dentro do todo, de amar mais, de brincar mais, de rir mais de si mesmo, de pensar no outro como parte de você, de ficar mais leve.

Não disse que é fácil.

Mas necessário, pra enxergarmos adiante com mais clareza.




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