21 de julho de 2011

Os homens estão em Crise.

É isso mesmo, os homens estão em crise!
Há não muito tempo atrás, o sexo masculino tinha um papel bem definido na sociedade. Quando ainda pequenos eram criados por suas mães como machões, jamais choravam, revidavam um golpe de outro menino para não serem chamados de covardes, na adolescência eram levados pelo pai a "casa da luz vermelha" para perder a virgindade com uma profssional do sexo, assistiam filmes pornô para "aprender" a arte de ser o cara na cama, na fase adulta escolhiam uma garota, a mais recatada e prendada possível, casavam-se, tinham filhos e sua função era prover a familia o necessário para seu sustento e conforto, possuíam algumas amantes, volta e meia divertiam-se com "mulheres de vida fácil", e retornavam a suas casas arrumadas, com jantar na mesa, filhos de banho tomado e uma mulher que nada questionada, somente consentia.
Mas... Algumas mulheres incomodadas com tamanha subserviência, e com a impossibilidade de desenvolverem seu potencial, queimaram soutiens na praça pública em protesto a tal sistema.
Eis que incia-se a crise da identidade masculina.
Perderam-se lentamente, e a medida que as mulheres foram buscando sua real identidade, sua independência, os homens foram ficando pasmados, incrédulos e paralisados.
Pararam no tempo.
Continuam com medo de chorar, aprendem sexo de maneira mecânica e acreditam verdadeiramente estarem apresentando espetáculos sexuais, buscam aquela mulher submissa, incapaz de ferir sua imagem, porque afinal de contas, um homem pode ser tudo nessa vida, mas corno e broxa, jamais!
E tornou-se cada vez mais difícil relacionar-se no século XXI, as mulheres buscam em manuais que tentam explicar o que acontece com os homens, porque tamanha incompatibilidade? Ora, tudo parece bastante evidente, mas, esclareço ainda mais:
As mulheres encontraram seu espaço na sociedade, adquiriram sua independência, o que faz com que tenham total liberdade em suas escolhas, elas pagam suas contas, vão a bares, boates, teatro, cinema, shopping, viajam, fazem sexo casual, namoram, casam, tem filhos, separam, tem filhos com produção unilateral, relacionam-se com mulheres, fazem o que querem! Nada mais as detêm.

Somos, homens e mulheres, indivíduos com o mesmo peso.

Mas e eles?

Simplesmente não sabem.

Exemplifico:
Deseja a garota, e a considera a parceira ideal, os dois divertem-se juntos, conversam até clarear o dia, e etc, mas não quer abandonar o mercado de grandes ofertas lá fora, então age como namorado, liga, manda mensagens, conta todas suas artimanhas, leva pra conhecer a familia e nao oficializa a relação, então, se ela:
1. Intima: Ele cai fora, mas no primeiro momento que descobre que ela possa estar com outra pessoa, seu mundo cai, aí, volta atrás e torce pra ela ainda o querer, ou posta recalques de baixo kilates no facebook e tals.
2.Afirma que não deseja namorar: Ele em parte acha ótimo, pode manter sua vida de solteiro e manter gata ali, mas quando em sua mente vem a ideia de que ela tem os mesmo direitos aiiiii, nova crise (risos).

Minha dica meninos:
As mulheres são bem claras quanto suas intenções, quando desejam relacionamento sério, quando desejam sexo, ou simplesmente ver o que é ( conhecê-lo, sem intenção definida, a ver no momento), portanto, não se assustem, e a jogada é ser honesto, com você mesmo, especialmente, está afim?
Vai.
As intenções não batem? Então não fale apenas, mas aja também, pois não adianta ficar de mensagens com uma mulher que só deseja encontrar sexualmente, porque estará dando sinais opostos, entende?
Intenções batem? Maravilha, vai sem medo.

Tenho somente uma obsevação a mais:
Se desejar um relacionamento sério com uma mulher que deseja somente sexo, poderá tentar conquistá-la, mas se desejar somente transar com uma mulher que lhe enderece sentimentos bons e puros, então nesse momento deve entrar seu discernimento.

Quanto ao mais, acho que entramos nessa vida com tantas armas que perdemos mais tempo identificando qual a mais adequada para cada situação do que simplesmente vivendo-as.
Nós todos temos um medo tão absurdo do amor não correspondido, da rotina, da fidelidade, que esquecemos o melhor de tudo, como já disse Jorge Drexler, cantor e compositor uruguaio, amar la trama, más que al desenlace......

Vivamos.

6 de julho de 2011

The End;...

Adoro mexer nas minhas coisas... arrumar armários, colocar ordem nas prateleiras, lustrar bibelôs, e numa dessas minhas aventuras relaxantes (risos) encontrei um livro da adolescência, daqueles que nos faz venerar um escritor para o resto da vida,  Uma Aprendizagem ou o livro dos Prazeres, de Clarice amada Lispector.
As histórias por ela contadas, geralmente terminam com ponto e vírgula ou reticências e naquela época tinha certa dificuldade de compreender tamanha contradição diante do chip da cinderela implantado em nós mulheres desde pequeninas, afinal, o final deve ser sempre feliz e The End.
Ao final de um relacionamento, muitas emoções são expostas, a auto-observação tende a ser mais crítica, no entanto, a avaliação das coisas nem sempre segue clara.
Leva-se tempo para separar a nossa vida da vida de outra pessoa, naturalmente, pois, tudo está atrelado, as manias, o mimos, os amigos, as casas, as roupas, as peles, os planos, os cheiros, os, as... tudo ali, juntinho, de repente, não mais, então, passa-se ao processo de  S E P A R A R, o que é meu, do que é seu, difícil, não?
Como separar o que não é físico, material?
= o

E nesse furacão, separando, separado, sente-se raiva, medo, angústia, vontade de sufocar com travesseiro (risos), pena, enfim, somos absolutamente humanos, buscando a racionalidade das emoções, e nada mais humano, que tentar o impossível!

Hoje após conversar com uma amiga, pude desfazer aquele bolo de sensações que estava preso ao meu peito, explico:
 Questionei a ela, como somos capazes de estabelecer uma relação amorosa com alguém cuja incompatibilidade de valores e pensamentos é gritante, e ela me disse apenas que relações são momentos.
Minha cabeça nessa hora deu uma volta e então meu coração se acalmou, conclui, portanto, que se relações são momentos, e momentos são feitos de um eu de ontem, diferente do eu de hoje, e consequentemente de amanhã - falo de nossa constante transcendência - é natural que os laços se percam, se foram construídos apenas com base num dado momento de vida e não sobre a verdadeira essência de cada um.

A partir de hoje, posso dizer que Clarice continua a me fisgar, pois eu creio, agora, nos três pontinhos, e nesse dado recorte de minha vida posso dizer:
The End...

Lori, eu não estava pronta!

Ulisses, quem sabe numa das curvas de minhas estradas eu esteja pronta, e você, então, apareça...