29 de janeiro de 2010

O Albergue das Mulheres Tristes - Livro da semana ( sim, semana...ando inspirada, acho...ou me seduzo facilmente...) =)

Pois bem, Floreana ainda estava com a chave, aquela que abriria a porta de uma nova vida.
Marcela Serrano descreve com tamanha doçura os conflitos desta personagem, que é inevitável, há de se encantar, de se identificar.
A sensação de não pertencimento, de nada, nem de lugar algum... talvez, por isso eu seja comissária, aspirante a historiadora...
O fato é, o ano já começou com inúmeros diálogos entre os anjinhos e diabinhos que me acompanham, e a cada dia sei que pareço ainda mais estranha, tanto que percebo os olhares, inclusive de amigos, daqueles que se perguntam, quem é você? Que segredos esconde?
Que canções são essas que ouve? Como pode ter valores tão excentricos? Quem é você que se esconde atrás desse personagem de aeromoça?
E eu?
Que posso dizer? Nem me conheço, quanto mais as dúvidas do universo...
Querer ficar só é algum sintoma?
E querer tomar uma cerveja gelada após um dia inteiro, o é?
Das poucas certezas que tenho, minha vida profissional é uma, meu amor pelos meus -mesmo que anseie por minha compania, em muitos momentos mais do que a deles - e... deixe-me pensar...............é, são essas!
Louco isso não, que tipo sou...
Na busca por ao menos mais alguma certeza, tomo minha cerveja, escrevo, choro, rio e falo com Deus.
Ufa!

16 de janeiro de 2010

Insight I

Nossa, que viagem!
O que me veio neste exato momento, após tantas discussões comigo mesma, e o que põe um ponto final na guerra entre voz interna 1 e 2, é que a dúvida se torna descabida, o passado foi tão maravilhoso, que não há do que se arrepender, porque senão a saudade não seria tão imensa, tão gostosa...

Que viagemmmmm.

Bem, mas o fato é que quero mais, e agora?
(risos)
Preciso escrever novas páginas no livro da minha história, com elementos novos, ou antigos, o fato é que preciso me reeditar e como diria Zibia..me abrir para vida...
Ainda não sei o que acontecerá com Floreana, mas o voto de castidade é um algo muito radical, vou esperar o próximo capítulo para ver se essa teoria com a qual se defende e transparece seus medos vai vingar. Ou seria a dor de amor assim tão ruim?

9 de janeiro de 2010

Direi-lhe -ei.

Relacionamentos levam de nós um pouco do que fomos e nos deixam novas características, é cíclico.
Sinto medo disso, porque gostava de quem era, ao passo que gosto de muito do que hoje sou, ao passo que desejo um pouco de antes e um pouco de agora, mas simplesmente não consigo mais, o que me leva a questionamentos:
O que a vida levou de mim é o preço?
As escolhas que não fiz, poderiam ter tido respostas diferentes das que eu enxergava?
Será que é o agora que me faz vê-lo, oh passado, mais belo do que realmente era?
Meu tempo como moeda de troca?
Parte de mim, do que foi de nós me assombra agora, e porquê?
Porque ver teus sinais? e porquê?
Presa em mim mesma, sim, presa em meus segredos.
Como sair dessa camisa de força?
Solte-me me querido Deus, liberte-me.
Como tenho medo. Um medo tão grande, que mesmo com mais prestativo amigo não seria capaz de dividir tais aflições...choraria, no colo, no ombro, muda, cega, surda e inconsciente, nuda, nula, inerte, e somente meus suspiros diriam quão grande é tal confusão que me embriaga, que me faz querer lutar e levantar bandeira branca na mesma fração de segundos.
Não há mais o que refutar...........................................ou há?
Mas que fica realmente dificil de entender, fica, fica, fica.
O que é isso? hein vida?
Cada vez menos respostas...
É quase como querer participar de um jogo que você simplesmente ignora as regras, os adversários, seus poderes...
Tenho sono.
Boa noite, meu doce diário.

3 de janeiro de 2010

Cena desesperadora...

Acabo de voltar da praia..

Com de praxe, acordei cedo, desci para tomar meu precioso café da manhã, e decidi dar uma caminhada na praia, estava no Leme, e queria ir até o Arpoador.

Não foi possível.

Fui consumida por uma mistura de sentimentos desagradáveis que só foram abrandados pela presença de Deus estampada em cada grão de areia.

Minha revolta, para muitos amigos já é bem conhecida com relação as características comerciais e fúteis do final do ano, mas as conseqüências dessa palhaçada de reveillon veio a tona hoje, e com ela, minha tristeza, meu desencanto e minhas esperanças sobre a evolução humana.

Copacabana, que normalmente no verão se transformou em um prostíbulo ao céu aberto, onde gringos leiloam garotas como gados, onde drogas têm acesso liberado e vagabundos se reúnem para arquitetar um novo meio de burlar leis e lograr pobres coitados, hoje é também lixão. Garrafas, copos, tampas, infinitas bitucas de cigarros, oferendas religiosas, e tantas outras tranqueiras que essa gente imunda foi capaz de trazer para praia.

O que me pergunto é, qual a dificuldade em celebrar esperanças renovadas, com abraços fraternos, com boas ações, musica, alegria e agradecimento pela vida?

Não. As pessoas preferem se embebedar, fumar, jogar todo seu lixo na praia e ter que se banhar nele no dia seguinte. Que maravilha. Parece-me um comportamento bem familiar, como o da Idade Média.

Indignada, não, já não há o que contestar. Devo estar muito fora de moda mesmo, ou ficando aquelas velhas chatas bem “cricris”, que não percebem quão divertido é ver o meio ambiente gritando por socorro, e festejar, esperando por um futuro diferente, mas que venha dos outros, por que de nós mesmos, não né?

Tome jeito rapaz, ao invés de passar o primeiro dia do ano de ressaca, vai fazer um mutirão pra tirar da praia, que nada tem haver com a insanidade humana, essa podridão, que nada mais é do que o reflexo da alma humana em pleno século XXI.

Que horror!