21 de agosto de 2010

Frustração... Uii!


Ando bloqueada para a escrita e julgo não ser falta de motivação, já que existem tantas, mas essa confusão mental que me atormenta é o que faz perder a linha de raciocínio.

Tenho feito coisas desconexas, me interessado por coisas bizarras, esboçado coisas sem a mínima coesão, e me percebo buscando sonhos em lugares que não me pertencem - por pura incompatibilidade de ser - inclusive criando tais sonhos, que até então, jamais tiveram relevância.

Estranho?

Sabe o que é ainda mais esquisito nisso?

É que todas as pessoas de que tenho notícias sofrem de “frustração múltipla”.

Ser (estar) humano é incorrigivelmente exaustivo.

Sim, vos esclareço meus devaneios, pautada na declaração de um amigo:

- Bia, o problema não é querer comprar uma casa, estudar, casar, comprar um carro ou viajar, mas sim, querer tudo ao mesmo tempo!

Sim, e ele tem razão.

Mas o cruel daquilo que defendo, vai um pouco além, vai no âmago da insatisfação, que mesmo que possuamos os instrumentos necessários para conquistar todos os sonhos arquitetados, a emoção sufocante de algo insolúvel sempre existirá, porque a medida que as coisas vão acontecendo novos desejos tomam forma, novas pessoas surgem, novas perspectivas acrescidos de... adivinhem?

Frustração. (risos)

Fui pessimista demais?

Bem, essa é para mim uma realidade, tanto quanto, doce de leite é doce.

Sendo inevitável ter mais desejos do que temos o poder de saciar, cabe a nós encontrarmos um caminho para lidar com a não-realização de algo almejado, ou seja, encarar nossos próprios medos, lidar com a ausência, com o luto.

Luto?

Sim, elaborar os lutos é um artifício que resulta em paz.

O que seria isso? Exemplifico:

Maria tem três pretendentes, mas só pode escolher um (dependendo da cultura dela, estaria eu neste momento cometendo um grande equívoco, mas partimos do ponto descrito, ok?), e a partir do momento em que decide ficar com João, deve elaborar o luto do José e do Antônio.

Capito?

Bom.

Esse é apenas um mecanismo norteador de nossa energia em direção das escolhas feitas, não das que não optamos.

Eu tento, mas continuo enlouquecidamente incompleta e frustrada (risos), e pra ser franca acho graça mesmo, pois afinal, é tão ruim assim como pintam?

=)


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