E a bola da vez é de Zonas Úmidas de Charlotte Roche.
Me faltam palavras para opinar sobre este livro pela imensa dificuldade que tive para lê-lo, no entanto, vou através das inúmeras sensações que gerou em mim, elaborar um esboço de minhas ideias.
Trata-se da história de uma garota de 18 anos que internada em um hospital após passar por uma intervenção cirúrgica proctológica, relata suas experiências sexuais com tamanha riqueza de detalhes, experiências estas, que me tolhe as forças para relembrar, e menos ainda de apresentá-las, mas adianto aos interessados que não me parecem eróticas, ou aconselháveis, somente que me causaram aversão.
Assim como expõe a maneira como se relaciona com a higiene, com fragmentos do próprio corpo, deixa evidente em seus parágrafos pueris sua ingenuidade, sua infantilidade em lidar com certa rebeldia sobre questões que lhe pareceram impostas por sua mãe e pela sociedade.
A cada página um sentimento de desistência, mas com a persistência de quem não abandona um livro ao vento, de quem não deseja carregar uma história sem fim na memória, concluí minha leitura, e sigo ainda mais consciente dos abismos que separam as almas, como os amores, as desilusões, os desejos , anseios, e curiosidades.
Definitivamente: recomendável a curiosos, ou a amantes da diferença (extrema, eu diria).
4 de agosto de 2009
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