12 de agosto de 2009

Desculpe meu bem, mas não posso.
Não posso permitir esse encontro de nossos poros, da pele na pele.
Não posso me jogar em seus braços, eu quero estar salva. Eu quero sentir teu cheiro mais de uma vez, numa manhã de chuva ou em um feriadão. Quero ser mais que o acaso, embora saiba que o tempo precisa viver ou talvez esteja eu vivendo idealizações. Eu já nem me reconheço dentre tantos anseios, dentre tantos universos paralelos imaginários que criei pra mim, nos quais você participa, especialmente quando desperta em mim a doce vontade de sorrir sem a ínfima chance de disfarce.
Desculpe meu bem, mas já não leio nas entrelinhas, pois fui absorvida pela vontade e pelo medo.
Quero-te longe. Bem longe. Suficientemente longe, para que eu possa respirar e e então, voltar a jogar, e mais uma vez ferir o que há de melhor em mim, ferir minha condição de ser livre e optar pela verdade.
Como pode ser a vida sem amor?
Não, não...Não posso, meu bem, dar continuidade a tamanha insensatez, sem respostas, ou seco.
Não sei meu bem, o que se faz pior, tua presença momentânea, tua ausência eterna; ou meu bruto temor quanto ao incerto...
Mas não...

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