Desculpe meu bem, mas não posso.
Não posso permitir esse encontro de nossos poros, da pele na pele.
Não posso me jogar em seus braços, eu quero estar salva. Eu quero sentir teu cheiro mais de uma vez, numa manhã de chuva ou em um feriadão. Quero ser mais que o acaso, embora saiba que o tempo precisa viver ou talvez esteja eu vivendo idealizações. Eu já nem me reconheço dentre tantos anseios, dentre tantos universos paralelos imaginários que criei pra mim, nos quais você participa, especialmente quando desperta em mim a doce vontade de sorrir sem a ínfima chance de disfarce.
Desculpe meu bem, mas já não leio nas entrelinhas, pois fui absorvida pela vontade e pelo medo.
Quero-te longe. Bem longe. Suficientemente longe, para que eu possa respirar e e então, voltar a jogar, e mais uma vez ferir o que há de melhor em mim, ferir minha condição de ser livre e optar pela verdade.
Como pode ser a vida sem amor?
Não, não...Não posso, meu bem, dar continuidade a tamanha insensatez, sem respostas, ou seco.
Não sei meu bem, o que se faz pior, tua presença momentânea, tua ausência eterna; ou meu bruto temor quanto ao incerto...
Mas não...
12 de agosto de 2009
4 de agosto de 2009
Livro de Julho
E a bola da vez é de Zonas Úmidas de Charlotte Roche.
Me faltam palavras para opinar sobre este livro pela imensa dificuldade que tive para lê-lo, no entanto, vou através das inúmeras sensações que gerou em mim, elaborar um esboço de minhas ideias.
Trata-se da história de uma garota de 18 anos que internada em um hospital após passar por uma intervenção cirúrgica proctológica, relata suas experiências sexuais com tamanha riqueza de detalhes, experiências estas, que me tolhe as forças para relembrar, e menos ainda de apresentá-las, mas adianto aos interessados que não me parecem eróticas, ou aconselháveis, somente que me causaram aversão.
Assim como expõe a maneira como se relaciona com a higiene, com fragmentos do próprio corpo, deixa evidente em seus parágrafos pueris sua ingenuidade, sua infantilidade em lidar com certa rebeldia sobre questões que lhe pareceram impostas por sua mãe e pela sociedade.
A cada página um sentimento de desistência, mas com a persistência de quem não abandona um livro ao vento, de quem não deseja carregar uma história sem fim na memória, concluí minha leitura, e sigo ainda mais consciente dos abismos que separam as almas, como os amores, as desilusões, os desejos , anseios, e curiosidades.
Definitivamente: recomendável a curiosos, ou a amantes da diferença (extrema, eu diria).
Me faltam palavras para opinar sobre este livro pela imensa dificuldade que tive para lê-lo, no entanto, vou através das inúmeras sensações que gerou em mim, elaborar um esboço de minhas ideias.
Trata-se da história de uma garota de 18 anos que internada em um hospital após passar por uma intervenção cirúrgica proctológica, relata suas experiências sexuais com tamanha riqueza de detalhes, experiências estas, que me tolhe as forças para relembrar, e menos ainda de apresentá-las, mas adianto aos interessados que não me parecem eróticas, ou aconselháveis, somente que me causaram aversão.
Assim como expõe a maneira como se relaciona com a higiene, com fragmentos do próprio corpo, deixa evidente em seus parágrafos pueris sua ingenuidade, sua infantilidade em lidar com certa rebeldia sobre questões que lhe pareceram impostas por sua mãe e pela sociedade.
A cada página um sentimento de desistência, mas com a persistência de quem não abandona um livro ao vento, de quem não deseja carregar uma história sem fim na memória, concluí minha leitura, e sigo ainda mais consciente dos abismos que separam as almas, como os amores, as desilusões, os desejos , anseios, e curiosidades.
Definitivamente: recomendável a curiosos, ou a amantes da diferença (extrema, eu diria).
3 de agosto de 2009
1 de agosto de 2009
ser do bem, escolha!
Bem, depois de algum tempo de reclusão a escrita, decidi dar início a um novo ciclo de pensamentos, talvez esteja retornando mais aberta por me sentir menos envolvida com tantos.
E o tema que inaugura essa nova fase, é nada mais, nada menos, de que minha recente percepção sobre relacionamentos, tão óbvia, no entanto, absolutamente imperceptível aos meus sentidos até então, e digo isso, porque tenho essa “coisa” de sentir as palavras, quase como se pudesse degustá-las ou ainda sentir seu toque.
E foi num filme, dessas comédia românticas norte- americanas, que quase sempre nos fazem chorar ao mostrar um mundo cada vez mais distante da realidade, com personagens que se apaixonam, são sensíveis e de um romantismo criativo raríssimo em nossos dias, que me deparei com a mensagem que gerou certa alteração em meu olhar.
Tal ideia expunha que em uma relação haverá sempre a necessidade de se exercer o poder sobre o parceiro, com a intenção de manter o controle sobre o sentimento dele, na medida em que se possa sentir-se sempre seguro de seu afeto, de sua dedicação, fidelidade, entre tantos.
E isso me chocou, percebi a grave falha das relações humanas com tanta clareza, tanta transparência, como a de um cristal.
E a grande conclusão, diga-se ser a melhor parte, é: Não quero ser dominadora, e domar os sentimentos alheios, não quero ser mesquinha em receber um afeto na base de chantagens, mentiras, repressões; Não quero fazer parte desta imaturidade humana!
Quero a sorte de um amor tranqüilo, como diria Cazuza, quero poder ver o bem do outro acima de tudo, o que o faz feliz? O que o faz sorrir?
Como não pensei nisso antes. Tão óbvio.
Porém, tenho consciência de que assim como boa parte da sociedade, estou condicionada a tomar certas atitudes egoístas, em que meu interesse se classifica superior, independente do que esta por trás da bolha invisível que nos divide do outro, que nos faz ser tão incapazes de abrir mão do ego, mas darei delicada atenção diariamente a essa nova postura e fazer não só de meus relacionamentos pessoais, mas também de todo contato humano que eu tiver, uma nova oportunidade de distribuir amor.
É, acho que é isso mesmo, vamos distribuir amor!
E o tema que inaugura essa nova fase, é nada mais, nada menos, de que minha recente percepção sobre relacionamentos, tão óbvia, no entanto, absolutamente imperceptível aos meus sentidos até então, e digo isso, porque tenho essa “coisa” de sentir as palavras, quase como se pudesse degustá-las ou ainda sentir seu toque.
E foi num filme, dessas comédia românticas norte- americanas, que quase sempre nos fazem chorar ao mostrar um mundo cada vez mais distante da realidade, com personagens que se apaixonam, são sensíveis e de um romantismo criativo raríssimo em nossos dias, que me deparei com a mensagem que gerou certa alteração em meu olhar.
Tal ideia expunha que em uma relação haverá sempre a necessidade de se exercer o poder sobre o parceiro, com a intenção de manter o controle sobre o sentimento dele, na medida em que se possa sentir-se sempre seguro de seu afeto, de sua dedicação, fidelidade, entre tantos.
E isso me chocou, percebi a grave falha das relações humanas com tanta clareza, tanta transparência, como a de um cristal.
E a grande conclusão, diga-se ser a melhor parte, é: Não quero ser dominadora, e domar os sentimentos alheios, não quero ser mesquinha em receber um afeto na base de chantagens, mentiras, repressões; Não quero fazer parte desta imaturidade humana!
Quero a sorte de um amor tranqüilo, como diria Cazuza, quero poder ver o bem do outro acima de tudo, o que o faz feliz? O que o faz sorrir?
Como não pensei nisso antes. Tão óbvio.
Porém, tenho consciência de que assim como boa parte da sociedade, estou condicionada a tomar certas atitudes egoístas, em que meu interesse se classifica superior, independente do que esta por trás da bolha invisível que nos divide do outro, que nos faz ser tão incapazes de abrir mão do ego, mas darei delicada atenção diariamente a essa nova postura e fazer não só de meus relacionamentos pessoais, mas também de todo contato humano que eu tiver, uma nova oportunidade de distribuir amor.
É, acho que é isso mesmo, vamos distribuir amor!
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