8 de setembro de 2010

Você já banalizou hoje?

Banal = Trivial, comum, vulgar.

Banalizar =Tornar vulgar ou banal.

Interessante como adquirimos com facilidade a capacidade de banalizar aquilo que está na pele alheia.

Conversando com uma amiga bastante querida e que está em constante crise recíproca de ciúmes em seu namoro, pude ouvir, pacientemente aconselhar, e mostrar com seriedade doce o quanto algumas arestas precisavam ser aparadas em seu próprio olhar e postura.

Frequentemente me encontro à aconselhar amigas, ajudá-las com dificuldades em seus respectivos relacionamentos, em suas escolhas pessoais, procurando sempre ser assertiva e mostrando à elas as opções que tem ao seu redor, procurando sempre o caminho do bem, da dita felicidade.

Mas o irônico nisso tudo, é que por detrás dessa personagem séria, madura, e generosa, existe alguém que comete muitos erros, que tem medo das escolhas que faz, e que pratica tudo ao inverso daquilo que busca advertir.


Quer ver?


Me apaixonei por alguém proibido pra mim, dessas apaixonites malucas que duram pouco, mas são tao intensas que mal conseguimos dar conta de vivê-las...

Tive que me afastar, urgentemente, e lembro que nos primeiros dias me faltava o ar, ainda mais quando descia o elevador do prédio e sentia os rastros de seu aroma. Foi como ácido lático muscular, doloroso, mas tão bom.

Logo, na fuga dos furacões que me abordam em certas esquinas, pedi um amigo em casamento, amigo este, que ainda apaixonado pela ex-namorada, e com expectativas confusas quanto a vida, tais como são as minhas, obviamente, me acenou para o engano que não desejava cometer.

Justo.

E agora?

Reencontrei um amigo de curso, de quatro anos atrás, de quando eu ainda era noiva, e de um momento em que estava nula para outras possibilidades. Me surpreendi, demonstrou um interesse antigo, do qual eu inocentemente jamais havia me dado conta, mesmo com as inúmeras gafes por ele cometidas, das quais tivemos o prazer de relembrar e rir.

Sweet. Confesso que me balançou.

Contudo, antes que eu venha dar continuidade a seqüência de equívocos, e diante desse momento em que necessito definir meus reais anseios, em que devo focar minhas projeções futuras, eu desejo um tempo, t e m p o , tempo este só meu, para sorrir, para viajar nas tantas teorias que elaboro e concluo em cada instante que transcendo, para conhecer pessoas excêntricas, para provar, escrever, estudar, amar minha família, meus cachorros, a vida.


A única coisa que desejo, sinceramente, nessa estrada que apelidei de “desintoxicação” é que eu alcance a coerência entre Bia que diz, e a Bia que faz.


=)



Nenhum comentário:

Postar um comentário